Celebrar uma década de trabalho com cultura urbana, artes visuais, moda, música e esporte promovendo mais eventos gratuitos em Rio do Sul. A Exposição Kxote 10 anos vai marcar a passagem de mais um ciclo na história do coletivo cultural que faz abertura da mostra no dia 5 de maio. O evento será na Fundação Cultural, às 19h30min, com uma palestra sobre a trajetória do grupo, as linguagens artísticas trabalhadas, entre elas o hip-hop. A abertura terá interpretação em Libras, som de vinil e, assim como a exposição, tem indicação livre.
A mostra segue até o dia 30 de maio, das 8h até às 20h, com quadros, prints, grafites, camisetas, objetos e intervenções produzidas pelos integrantes do coletivo ao longo desse tempo. A exposição estará disponível para agendamento de visitas de turmas de escolas da região com mediação e visita guiada pelos artistas da Kxote.
A proposta desse projeto é divulgar e promover reflexão sobre a cultura hip-hop, permitindo ao público pensar sobre as linguagens artísticas que a envolvem como expressões legítimas. É um evento para conectar arte, design, moda e educação. Dessa forma, a mostra pretende ampliar a visão dos visitantes sobre a economia criativa, já que a Kxote hoje se constitui como produtora cultural e marca de camisetas que atua com e-commerce. E ainda visa mostrar um pouco do trabalho social que está relacionado ao hip-hop, como as atividades de formação realizadas pelo grupo.
Prova disso são duas oficinas gratuitas que também integram o projeto da exposição. A primeira será uma oficina de lambe, ministrada pelo Coletivo Ruáz (parceiro da Kxote), que abordará técnicas e práticas dessa arte visual urbana. A segunda será uma oficina de stencil, conduzida pelos artistas visuais e grafiteiros Lucas Brito e Guilherme Pique.
Produção cultural profissionalizada e com ação social
Ao longo dos dez anos, a Kxote buscou se profissionalizar dentro do setor da economia criativa, sem deixar de promover ações de arte-educação, preferencialmente em áreas descentralizadas. O portfólio hoje abrange a produção cultural, a criação de artes visuais e a produção de estampas para a marca em parceria com a Revide Estamparia. O coletivo também atua com o graffiti comercial, aplicando essa técnica em projetos de interiores.
“Ao longo desse tempo, tivemos que nos organizar para poder fazer algo que tivesse um retorno como artistas visuais e como produtora”, explica Guilherme Carlini Piazera. O artista que assina as obras como Pique será um dos ministrantes da palestra da exposição, falando sobre as relações entre graffiti e mercado. Já para Lucas Brito, uma das propostas é sempre buscar um público que, em geral, têm menos acesso à arte e à cultura. “O hip-hop tem essa conexão com o público, principalmente de periferia, porque eles se identificam pelo estilo, pela linguagem e pela expressão. Isso mexe com o pertencimento e a autoestima das pessoas”, afirma Lucas, que assina suas obras com o nome artístico Trapo.
A exposição é realizada com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (LEI Nº 14.399/2022) do Ministério da Cultura/Governo Federal.
Festival de hip-hop faz o intercâmbio de artistas
A Kxote vai realizar ainda um festival de hip-hop em agosto como mais uma comemoração dos dez anos. O evento terá apresentações de rap, DJ e B-Boys, tanto de Rio do Sul e região, como de outras cidades de Santa Catarina, justamente para promover o intercâmbio cultural entre diferentes cenas da cultura urbana. O festival é realizado com patrocínio do Prêmio Nodgi Pellizzetti de Incentivo à Cultura, por meio do Sistema Municipal de Cultura, Fundação Cultural e Prefeitura Municipal de Rio do Sul.
Exposição Kxote 10 anos
Visitação de 05 a 30 de maio
Horário: das 8h às 20h
Local: Galeria de Arte Arno Georg da Fundação Cultural de Rio do Sul (Rua Rui Barbosa, 204 – bairro Budag)
Entrada gratuita
Classificação: livre
